Com o desenvolvimento da robótica e da inteligência artificial, há competências técnicas e domínio de ferramentas que precisam de ser revistas regularmente e algumas podem mesmo tornar-se desnecessárias. Estamos a assistir a uma obsolescência acelerada. Nos anos 70, a OCDE estimou que uma competência técnica tinha uma vida útil de cerca de 20 anos. Hoje em dia, uma competência técnica tem uma duração máxima de 5 anos.
De acordo com estudos da consultora McKinsey, nos próximos 10 a 15 anos, a adoção de tecnologias de automação e inteligência artificial transformará o local de trabalho, à medida que as pessoas interagem cada vez mais com máquinas cada vez mais inteligentes. Estas tecnologias, e esta interação homem-máquina, trarão muitos benefícios, mas também mudarão as competências exigidas aos colaboradores humanos.
Por outro lado e em busca de equilíbrio, competências como a criatividade, liderança e pensamento crítico podem tornar-se mais importantes do que nunca. As empresas devem ajudar os seus colaboradores a criar um conjunto de ferramentas úteis para o seu desempenho, independentemente da evolução do seu cargo específico. Isto incluiria em particular "capacidade de adaptação e resiliência", que se tornaram fundamentais num contexto global abalado pela crise sanitária, que modificou e acelerou o campo das competências técnicas necessárias (trabalho à distância, digitalização de tarefas, mudança de papéis, etc.).